sexta-feira, 11 de julho de 2008

BLOOP

joel moniz e alexandre branco .05

quinta-feira, 5 de junho de 2008

TENTÁCULO

EUROPAN 7 . AZURARA - VILA DO CONDE

1.º classificado
joel moniz . mário duarte. alexandre branco . claúdio vilarinho


O local onde se insere a área de intervenção, próximo da cidade de Vila do Conde, da praia, do rio, e servido por vias de comunicação importantes - de ligação entre os principais centros urbanos da orla costeira - aparece-nos como uma zona incaracterística, hesitante entre o rural e o urbano, onde as construções variam entre as moradias em banda com alguma densidade, loteamentos de moradias isoladas, e as mais recentes (o prédio e a torre) onde a única estratégia parece ser determinada pelas vias de comunicação – que acaba por definir a rua como espaço público predominante.
A situação encontrada na área de intervenção - delimitado por vias de comunicação importantes, caminho de ferro/metro e estrada N, neste caso - é uma situação corrente na zona envolvente da cidade - que também parece ter crescido entre dois pólos dinamizadores, a praia e a estrada N.
O território parece assim ser balizado por faixas paralelas – sucessivamente, a praia, a estrada N, a linha de metro / caminho de ferro e a IC1.

Face a esta situação, a proposta agora apresentada procura avançar com uma estratégia não só para o local em questão (polarizada entre vias de comunicação importantes) mas que se possam aplicar noutras zonas em situação semelhante (entre a praia e a N, entre a linha de metro e a IC1, por exemplo).
Propõem-se um conjunto de regras apresentadas como layers de informação diversa – vias, espaço público, edificado, espaços intersticiais,... – cujo conteúdo procura controlar a especificidade inerente a cada tema e que no final, a sobreposição dos layers resulte numa proposta coerente.
O sistema ou conjunto de regras pretende controlar a imagem de uma parcela de território altamente especulativo, pela proximidade da praia, condições privilegiadas de acessibilidades (mais ainda pelo advento do metro), mas mantendo uma grande dose de flexibilidade e adaptabilidade de forma a que possa ser implementado em várias realidades e que possa aguentar as hesitações e retrocessos inerentes a um processo deste tipo.

O “esqueleto” da proposta passa pela definição de um grande espaço verde de caracter multifuncional, pontuado por alguns equipamentos, ligando as estações e enquadrando a linha de metro, e seu prolongamento na forma de “braços” de ligação à rede viária existente.
Estes dois elementos determinam a configuração do espaço público e consequentemente disciplinam a estrutura edificada que o acompanha,
estabelecendo simultaneamente as relações com a envolvente próxima e entre os vários pontos no interior da zona de intervenção.

Espaço público
O espaço público surge como uma sucessão de largos ao longo das ruas, criando um perfil de via variado e ritmado. Estes “nichos” onde se concentra a construção, não só enquadram como criam o desafogo necessário para a implantação de edifícios com alguma altura. São assim elementos constituintes do espaço público de relação próxima com o edificado.
Este espaço público fragmentado funciona num percurso de continuidade entre as vias existentes e o interior da proposta, como anunciador da grande praça que se localiza no final da rua. A praça, espaço verde de utilização diversa pontuado por alguns equipamentos (que varia entre o parque, o jardim, o espaço desportivo,...) pretende ser essencialmente espaço de atravessamento pedonal da parcela e de ligação entre os vários pontos da intervenção, dinamizado pelas estações e linha de metro.

Estrutura edificada
Os edifícios propostos variam entre o edifício afirmativo com alguma altura, que surge como prolongamento em altura dos largos, e os mais inseridos no terreno – comércio e equipamentos – que vão pontuando e dinamizando as ruas, largos e praça.
A habitação surge como o elemento mais versátil da estrutura edificada – e a forma assume-o – uma vez que procura responder a uma maior abrangência programática e resulta da associação de módulos. Sucede a um volume de caracter mais constante e estático que no fundo controla a imagem deste conjunto para a rua e devolve o interior das parcelas para usufruto dos moradores. Nestes volumes sobranceiros aos largos localizam-se os escritórios, estacionamento e os acessos à habitação,

Espaços intersticiais
Os espaços intra-muros sobrantes – entre as ruas e os edifícios – são espaços de caracter privado e semi-privado, de apoio aos edifícios e que podem assumir várias funções – pátio no caso do comércio, recreio e jardim nos equipamentos escolares; jardim, quintal, pátio no caso da habitação;.... No fundo a imagem deste espaço resultará numa “manta de retalhos”, de acordo com a apropriação por parte dos moradores e utentes e naturalmente sujeito a uma constante mutação.
São propostos também nestes espaços, atravessamentos pedonais entre os “braços” de forma a permitir uma grande mobilidade dentro de toda a área de intervenção.

Estacionamento
São previstas zonas de estacionamento à superfície mais ligadas às estações/ equipamentos e ao espaço verde e zonas de estacionamento em altura – silos – mais próximas da habitação e escritórios.
A mobilidade referida é um ponto importante e fundamental para garantir o bom funcionamento dos silos no apoio à estrutura edificada – principalmente no caso da habitação.

Habitação
A habitação proposta, como já referido, procura resolver a indefinição/ abrangência de programa encontrada - que passa por questões como a residência permanente ou sazonal, a transição entre o rural e o urbano e a dificuldade em estabelecer um morador-tipo para uma zona destas características.
A resposta apresentada passa por uma habitação flexível e adaptável que possa não só responder a estas questões mas também assumir formas que possam tirar partido do terreno e estabelecer vários tipos de relações com os edifícios vizinhos e o território próximo.
Para o efeito foi pensado um sistema modular de associação versátil, que possa garantir a constituição de uma variedade infinita de moradias-tipo.
O módulo idealizado, coma as medidas 6 mt x 6 mt, é constituído essencialmente por 3 elementos – uma área funcional, um elemento complementar de apoio que corresponde ao móvel de cozinha, ao armário/ espaço de arrumos, aos sanitários e ao conjunto escadas + sanitários; e as aberturas definidoras das relações visuais e funcionais com o exterior.
Da conjugação destes três elementos resultam módulos que assumem várias funções – estar, dormir, comer, trabalhar, pátio,... – e que conjugados determinam a configuração da habitação.
O resultado é um edifício que assume este pressuposto conceptual e aparenta uma estrutura de elementos paralelepipédicos enquadrados por um elemento de forma mais estabilizada, onde se localizam os acessos às moradias e variavelmente escritórios e estacionamento.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

TEKTÓNICA ’05 | RUA24H . Arco público ou o público no arco.

Joel Moniz e Alexandre Branco


A Rua Augusta existe numa dualidade comum a muitas outras zonas nos centros históricos. De dia o espaço é exíguo para tanto movimento, normalmente associado à actividade comercial e serviços, e à noite existe um vazio.

Mas à noite a cidade não dorme, modifica-se, o movimento existe, a actividade existe. São outras actividades, outras funções que o espaço público como o concebemos não consegue suportar. Não se trata apenas de um problema de morfologia urbana ou de desenvolvimento arquitectónico, sabemos que um dos principais problemas tem a ver com as políticas habitacionais e de uso do solo, porém as políticas urbanas necessárias para resolver este problema são complexas e só resultarão apenas a médio-longo prazo. Temos por isso o espaço público como área de intervenção , o "espaço entre os edifícios".

Temos limitado o conceito de espaço público aos modelos tradicionais de ruas, praças, largos, avenidas, jardins, passamos também por libertar espaço público na implantação dos edifícios. Temos também edifícios públicos. Contudo não têm sido os suportes necessários para albergar as actividades complementares que necessitamos para revitalizar áreas como a Rua Augusta. Necessitamos de aumentar a variedade tipológica e compreender que existe a necessidade de espaço público nocturno e mesmo de 24 H. A divisão usual entre a actividade nocturna como de recreio e a diurna como de trabalho não é real, especialmente em Lisboa, uma cidade multicultural.

Como exemplo temos a actividade académica que tem muitas vezes necessidade de recorrer a serviços e espaços que os estudantes não conseguem ter em casa. Seja para trabalhos de grupo, para imprimir ou recorrer a documentos. Ou um turista que fica limitado a ter informações apenas de dia. Ou mesmo para quem tem um emprego com horário diferenciado.
A nossa referência foi o arco do Terreiro do Paço, um elemento simbólico, cénico, que tem a escala de um edifício. A sua função cumpre-se 24 h. É um verdadeiro elemento de usufruto público livre e constante.

Pensámos e se fosse habitável? Tem o tamanho suficiente para isso! Desta forma ocorreu-nos que este elemento apesar da sua presença extraordinária, não interfere com a necessidade de movimento durante o dia pela sua subtil implantação, apesar de ser um elemento sempre presente e importante na composição da Rua Augusta.

Foi esse o nosso mote, um arco habitável - o espaço público vertical e a sua função seria de 24 horas. Seria um elemento com uma presença suficientemente forte no contexto da Rua Augusta para que impulsionasse uma estratégia de revitalização, ao mesmo tempo que não interferia com a movimentação diária existente na rua. A rua deve ficar limpa, sem elementos que perturbem o seu funcionamento normal.

Seria simultaneamente um espaço para ser usado em várias vertentes e para permitir usar melhor a rua, ao contemplar áreas de armazenamento de vários materiais que suportassem diversos tipos de actividades na Rua Augusta. Desde cinema ao ar livre, exposições, concertos...
O Arco teria várias funções fixas a funcionar 24 h como um pequeno bar e posto de segurança no piso 0, nso pisos 1,2 , 3 e 4 existem sala smultifunções, atendimento, salas de estudo , impressões, cópias e Internet, biblioteca e oficinas. No piso 5( cobertura existe um miradouro e área técnica n de forma a que se consiga aceder às fachadas para colocar vários elementos, como por exemplo telas para a projecção de imagens e vídeos.

Na realidade a nossa intervenção que aparentemente se limita ao topo da Rua Augusta estende-se por toda a rua, criando um novo espaço na cidade, um espaço diferenciado entre o Arco simbólico e o Arco utilitário. Um espaço contido que permitiria um controle sobre as actividades aí exercidas.

TECKTÓNICA . EMERGÊNCIAS ´03 . KIT.EXT

Joel Moniz, Mário Duarte, Cláudio Vilarinho e Alexandre Branco



O objecto é marcado por duas características: rapidez de resposta (um objecto fácil de executar/montar ou pré-construído) e versatilidade (dada a grande abrangência do tema que acaba por colocar alguma indefinição programática).
Dos objectos existentes que procuram similares respostas, temos os que se caracterizam pelo imediatismo de montagem (tenda), mobilidade (roulotte e auto-caravana), pré-construção e transporte (contentor adaptado) e modularidade (alguns sistemas pré-fabricados baseados também no contentor).
No fundo a proposta pretende reunir o melhor “destes mundos” e corresponde mais a um sistema de construção do que propriamente a um edifício.
Duas peças básicas (Kit e Extensível) de fácil interacção/montagem e algumas regras são os constituintes do sistema que resulta em estruturas espaciais configuráveis e assim adaptáveis a inúmeras situações.

sábado, 22 de março de 2008

Sessão de Encerramento 1

Terça, dia 18, realizou-se em Odivelas a Sessão de Encerramento do Europan 9.
Um processo longo que culmina (e termina) com a inauguração da exposição, entrega de prémios e respectivas apresentações dos trabalhos premiados.
Houve tempo ainda para alguns discursos, uma conferência e o "anúncio" do Europan 10.
Ficam (para a posteridade) imagens da exposição e da apresentação do nosso trabalho, pelo Joel Moniz.





















Em Maio há mais.

segunda-feira, 10 de março de 2008

segunda-feira, 3 de março de 2008

A Lista

A nossa actividade tem-se pautado exclusivamente pelos concursos.
Concursos diferentes, de temáticas e escalas variadas.
Infelizmente e apesar dos bons resultados, ainda não vimos a materialização de nenhuma das nossas ideias.

Eis a lista dos concursos, respectiva equipa e resultados:

TEKTÓNICA 03/ EMERGÊNCIAS, (projecto finalista)
Joel Moniz, Mário Duarte, Cláudio Vilarinho e Alexandre Branco

TEKTÓNICA 04/ VELOCIDADE, (2.º classificado)
Joel Moniz e Alexandre Branco

EUROPAN 7, Azurara, Vila do Conde, (1º classificado)
Joel Moniz, Mário Duarte, Cláudio Vilarinho e Alexandre Branco

DESIGNWISE, Experimentadesign, (projecto finalista)
Joel Moniz, Mário Duarte e Alexandre Branco

TEKTÓNICA 05/ RUA 24H, (projecto finalista)
Joel Moniz e Alexandre Branco

TEKTÓNICA 06/ LUXO PARA TODOS
Joel Moniz, Mário Duarte e Alexandre Branco

EUROPAN 9, Santo Tirso, (menção honrosa)
Joel Moniz, Mário Duarte, Alexandre Branco e Emanuel Sousa

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

PASSAGEM DE NÍVEL

TEKTÓNICA/ VELOCIDADE 04
2.º classificado

Joel Moniz e Alexandre Branco

Pedia-se uma solução nova para um problema antigo (ao unir-se o território, separam-se os lugares). Como transpôr pedonalmente a linha do TGV ?

Ultrapassar o TGV é (im)possível! Repôr a paisagem é impossível!
Pensamos então e se utilizarmos o que já foi “ultrapassado”?
E se utilizarmos um problema velho para uma solução nova?



O problema? Cemitérios de comboios antigos, entulho de demolições, ferro das linhas e terra dos desaterros.
A solução ? Utilizar os comboios antigos, o entulho de demolições, o ferro das linhas e a terra dos desaterros para criar um elemento para transpor a linha do TGV.
Como? Basicamente o comboio funciona como solução estrutural, o entulho serve para a base de assentamento, o ferro serve para reforço estrutural e a terra para modelação do terreno.
Esses elementos são cortados, retalhados, reutilizados , relocalizados, adequando-se às exigências do projecto.
O transporte dos materiais, mão de obra e grua para montagem são feitos pela própria linha.
Vantagens? Diversidade e quantidade de matéria prima. Grande potencialiadade plástica. Qualidade construtiva. Fácil adaptabilidade. Possibilidade da incorporação de usos complementares. Podemos utilizar vários tipo de carruagem , a carruagem do bar, 1.ª e 2.ª classe, mercadorias ou utilizar apenas a estrutura e revestimento. Podemos utilizar vários modelos de comboios, um museu ao longo da linha. O comboio é já uma solução estrutural bem concebida que pode vencer fácilmento a distância requerida.
As passagens tradicionais surgem sempre como um elemento frágil, como solução de recurso, forçando compulsivamente um “ponto de encontro” (mais de atravessamento) não desejado.
O projecto pretende em primeiro lugar que a passagem seja segura e que possua uma escala adequada à dimensão de uma linha de TGV, mas também que possa ser um local para uma breve pausa, porque não um ponto de encontro, ou até um bar, biblioteca, livraria....queremos reforçar a referência a um elemento habitável, uma inspiração no ambiente das pontes habitáveis.
Basicamente pareceu-nos irónico, mas interessante, (ultra)passar o TGV de comboio.



BUBBLE HUT

TEKTONICA ’06 LUXO PARA TODOS
Joel Moniz, Mário Duarte e Alexandre Branco






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Pedia-se uma reflexão do luxo enquanto qualidade do desenho, sem recorrência a orçamentos desmesurados. Uma habitação, temporária, para um casal.

Procurámos propositadamente a inspiração nas relações espaciais de vários edifícios barrocos como a “igreja dos inválidos” de Hardouin-Mansart e fizemos associações a jardins da Renascença Francesa como o “Jardim do Amor” de Villandry, épocas que criaram arquétipos para o imaginário parcial do luxo comum. Partimos das mesmas referências mas mudámos a interpretação.

A “BUBBLE HUT” reflecte a intimidade do “luxo interior”. Pretende viver em luxo, não pretende mostrar o luxo.

São quatro espaços. Quatro actividades. Descanso, alimentação, higiene e lazer. Espaços sem o predomínio hierárquico de uma função relativamente à outra, com uma composição espacial de base idêntica, interligando-se numa relação directa e fluida.

A morfologia dos espaços deriva directamente da metodologia de construção adoptada. Queríamos que fosse uma construção rápida, económica e que tivesse um bom conforto ambiental, basicamente uma casa bem “isolada”. Pensámos numa envolvente contínua que simultaneamente resolvesse a questão do isolamento e estrutura. Um betão com propriedades isolantes, betonado de uma vez só, sem armaduras, mas com resistência suficiente para vencer o pequeno vão “abobadado” de cada módulo.

Uma casa simples, paredes e tectos de material isolante revestido no exterior e pintado pelo interior.

... A opção por elementos repetitivos e modulares, e a procura de sistematização e simplificação da construção reflecte-se na rapidez e custo da construção. Mas ainda assim, garantindo um nível de conforto interior próprio de uma moradia, temporária ou não. O próprio material, facilmente manuseável, deixa campo para alguma apropriação por parte dos utentes, permitindo, através da “escavação” e corte, a criação de nichos, mobiliário embutido, ...

O edifício, ambicioso na sua versatilidade, não foi pensado para nenhum sitio em particular, mas para ser colocado nos mais variados ambientes desde a cobertura de um prédio, logradouro de outra moradia, lote desocupado de um qualquer loteamento urbano, ou anexo de um palacete...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

procura-se investidor/ produtor

Enrosca e desenrasca
Sistema de iluminação

Joel Moniz, Mário Duarte e Alexandre Branco



















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Depois de termos sido finalistas no concurso designwise da experimentadesign em 2004, com um produto para sistemas de iluminação, fomos confrontados, depois de uma fase de prototipagem que realizámos, com a falta de meios ou vontade da parte da experimenta em produzir e comercializar o nosso produto.

Mas a vontade ficou e por isso fica aqui o post...













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Enrosca e desenraca.
Quero...

Ter um candeeiro que possa mudar quando quiser, montá-lo à medida e comprá-lo como quem compra uma lâmpada, um interruptor, uma tomada eléctrica ou outro componente qualquer.
Poder comprá-lo em qualquer lado, na casa das lâmpadas, na electro-confiança, no Jumbo ou no Carrefour.

Quero um candeeiro banal, um acessório como uma tripla e elementar como uma tomada.

Para começar basta apenas uma lâmpada de rosca (macho) e uma caixa de tomada com rosca fêmea (casquilho) embutida na parede, no tecto ou no chão, tanto faz... Enrosca-se a lâmpada (elemento base) e faz-se luz. É simples como ligar uma ficha a uma tomada eléctrica.

É um sistema baseado no desenrasque, como quem coloca uma lâmpada num casquilho ainda com os fios eléctricos pendurados. Solução provisória e final simultaneamente.

Os acessórios servem apenas para melhorar a iluminação e adequa-la a diferentes situações e espaços. São condutores de energia eléctrica para que faça os caminhos que queremos, como tubos de canalização. Tem extensões, curvas, tês, interruptores e adaptadores para tomadas convencionais, que montamos como legos para criarmos as formas que quisermos e colocarmos onde quisermos.

Na mesa, na parede, no chão.
Mais comprido ou curto, curvo ou recto.
São pequenos componentes tão básicos como um casquilho, enroscando-se uns nos outros como a lâmpada se enrosca neles.



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Europan 9

PLATEAUX LANDSCAPE
an operative topography

ST. Tirso - Portugal
2.º classificado

Joel Moniz, Mário Duarte, Alexandre Branco e Emanuel de Sousa

Sairam os resultados do Europan 9 e obtivemos uma menção honrosa com o trabalho Plateaux Landscape - uma topografia operativa, em Santo Tirso.
É a segunda vez que somos premiados, depois de um 1º prémio no Europan 7.
E um prémio, mesmo que segundo, é sempre um bom pretexto para iniciar um blogue.



















A plateau is an elevated platform, tray or plain. It is a roof building, preferably flat, upon which it is possible to walk' Manuel Gausa, 'The Metapolis Dictionary of Advanced Architecture', Actar, Barcelona, 2003, pg. 609

Tomando a horta agrícola como conceito arquitectónico, criamos uma sucessão de novas plataformas, socalcos habitados, que comportam toda o programa habitacional, aproveitando as coberturas e pátios rasgados como hortas privadas e comunitárias, contribuindo para uma transição do urbano para o rural.

O complexo multifuncional resulta num híbrido com diversas valências, enfatizando a integração de unidades produtivas nas áreas habitacionais como base da economia familiar.

A transição harmoniosa entre a escala urbana do quarteirão com a escala rural do campo agrícola e da moradia isolada, resultou da sobreposição das diversas escalas.